Por Maria Varela Marques

Tanto se ouve falar de trabalho temporário e precariedade nos últimos tempos. Questiono-me muitas vezes se o Trabalho Temporário será a cura para as empresas ou o veneno que nos vai matando, lentamente.
Dada a situação incerta que atravessamos, é bem verdade que muitas das nossas organizações não conseguem garantir os postos de trabalho, neste caso o trabalho temporário surge quase como a salvação garantindo mão-de-obra sempre e só quando necessitam. O trabalho aumenta, contratam, o trabalho diminui, despedem. Soou-lhe a confortável ou descartável? O que sente vai depender da sua situação atual! Se é empregador, sentirá o descartável de uma forma menos intensa que se for trabalhador temporário e vice-versa. Bem verdade que, para algumas das nossas organizações, o trabalho temporário é o copo de água no deserto. Como poderiam aguentar uma estrutura enorme de capital humano na ausência de encomendas, obras, etc.. E se a opção passasse por não contratar, conseguiriam aguentar com a mesma equipa de sempre numa situação de grandes encomendas? Não! Acabariam por sobrecarregar tanto as equipas e o resultado seria um aumento significativo de acidentes de trabalho, baixas médicas e absentismo.
No ponto de vista da entidade empregadora, o trabalho temporário faz toda a diferença quando falamos de números. E se formos ao pormenor da questão, ao lado Humano, ao lado do TT como são apelidados, ao lado da nossa economia, será esta a solução para os nossos problemas ou estaremos a criar um problema bem maior para um futuro já ao virar da esquina? Conseguirão as nossas Organizações colaboradores comprometidos? Ou terão colaboradores que dada a situação temporária estão somente ali para ganhar o seu salário… sem “grandes pressas”? Afinal, estão ali por 1 semana, ou 1 mês ou 2 dias, porque vão vestir a camisola? Afinal são muitas das vezes só o TT que nem sequer é conhecido pelo nome, é o TT!
Pergunto: A que nos leva a precariedade?
Como é que um trabalhador temporário compra casa, como constitui família, como faz uma coisa tão simples que se chama viver? As empresas vendem o que produziram a quem? A quem vendem as casas as construtoras? A quem vendem os carros os stands? As escolas ensinam que crianças? A quem vendem as lojas se as pessoas que só vão ver porque lá fora está frio?
Sim, podem exportar, e Portugal, e os Portugueses? E o crescimento do nosso Portugal?
Não queiram alimentar uma minoria e diminuir uma maioria! O trabalho temporário existe e é uma excelente opção, mas de forma Responsável!

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